"Com o resfriamento, as pessoas costumam ficar em ambientes mais fechados e com isso, a incidência de infecções respiratórias aumentam durante esse período. Isso porque, a maior proximidade entre as pessoas faz com que a circulação do ar diminua, por exemplo, nas escolas, nos meios de transporte, em ambientes de trabalho e nas casas.", explica Humberto Bogossian, pneumologista do Albert Einstein.
Outro fator que pode afetar o sistema imunológico e é o ar seco, que contribui para o acúmulo de poeira e poluição, potencializando problemas de saúde em pacientes que já tem predisposição para doenças respiratórias como bronquite, enfisema, laringite, etc.
De acordo com o especialista, é importante que os públicos-alvo como, por exemplo, idosos, pacientes com comorbidades e com doenças pulmonares prévias, crianças e gestantes estejam com as vacinas em dia para manter a imunidade alta durante o período.
"A transmissão do quadro viral aumenta nesta época do ano. Então, gripe e resfriados comuns podem exacerbar até doenças como asma, bronquite, quadro de pneumonia pelo próprio vírus e, portanto, tomar medidas preventivas para evitar essa propagação é importante", acrescenta.
Bogossian ainda alerta que "podem ocorrer pioras [no quadro de pacientes] simplesmente por variação térmica, tanto pela mudança da temperatura, que pode afetar pacientes mais sensíveis, quanto pelo ressecamento do trato respiratório, que pode desenvolver dor de garganta, crises de tosse e de bronquite, por exemplo".
Nesse cenário, se hidratar regularmente, ter uma boa alimentação e manter hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos, são importantes para diminuir as chances de ficar doente.