De acordo com a Anvisa, a proibição é resultado de uma avaliação de risco devido ao aumento do número de casos de efeitos indesejáveis graves associados ao uso desse tipo de produto.
Entre os eventos relatados pelos usuários estão perda temporária da visão, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça.
Segundo as informações disponíveis, os eventos ocorreram, principalmente, com pessoas que tomaram banhos de mar, piscina, ou mesmo de chuva após terem feito uso dos produtos.
A interdição cautelar é uma medida preventiva e temporária, enquanto são realizadas as investigações do caso. Anteriormente, a Anvisa publicou dois alertas e interdições sobre estes produtos.
A Anvisa alerta que exemplares adquiridos anteriormente por clientes ou em salões de beleza não devem ser utilizados neste momento (confira as orientações abaixo).
Recomendações da Anvisa aos consumidores:
A agência orienta que profissionais, salões e comércio em geral que não utilizem esses produtos em nenhum cliente. Segundo a Anvisa, o manuseio do produto também pode trazer risco aos aplicadores. Enquanto a medida estiver em vigor, os produtos não devem ser comercializados. Embora não exista determinação de recolhimento no momento, o produto deve ficar separado e não deve ser exposto ao consumo ou uso.
Já os profissionais de saúde devem notificar a Anvisa ao realizar atendimento de pacientes com quaisquer efeitos indesejáveis à saúde supostamente relacionados com o uso de produtos para trançar ou modelar os cabelos ou de outros produtos cosméticos.
Os produtos interditados não podem ser distribuídos, comercializados ou expostos para a venda em nenhum tipo de estabelecimento. As vigilâncias sanitárias locais devem adotar as medidas necessárias para que estes produtos não circulem.
A Anvisa informa que segue investigando os casos em parceria com os órgãos de vigilância sanitária estaduais e municipais.
Além disso, está prevista para o início da próxima semana a realização de reunião técnica com o setor produtivo para a discussão dos procedimentos necessários à regularização dos produtos objetos da medida cautelar.
"A avaliação de risco feita pela Anvisa em conjunto com o Ministério da Saúde e vigilâncias sanitárias locais indica que, diante do número de ocorrências, distribuição geográfica e diversidade de marcas envolvidas, a medida mais segura é interditar estes produtos até que todas as providências possíveis sejam adotadas para evitar novos eventos", diz a Anvisa em nota.