"Toda hora nós, neste Fla-Flu, que às vezes envolve a temática nessas fórmulas apodíticas aparecem sempre medidas salvacionistas. Há gente, inclusive, governador Eduardo Leite, querendo se inspirar em Bukele. Não faz sentido. Pelo menos isso não cabe na Constituição de 88, ou a violência policial que extravasa todos os limites. É preciso que se combata o crime sem cometer crime. Isto é fundamental", afirmou o decano do STF.
Além de Gilmar Mendes, participam do evento o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD-RS), o presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Vinicius de Carvalho, Jorge Messias, advogado-geral da União e Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, com participação virtual.
"Quando a gente critica algo, a gente tem, na verdade, que indicar qual é o caminho, qual é a solução", prosseguiu Gilmar Mendes.
No Congresso, tramita, após meses de negociações a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. O texto ou por vários ajustes. A primeira versão da matéria, elaborada por Lewandowski, foi bastante criticada por governadores e prefeitos.
Na semana ada, o ministro defendeu a PEC, alegando que o governo federal não tem “nenhum interesse” em interferir nas polícias estaduais.
“Se esta PEC tem um mérito, o mérito é justamente fazer uma união de forças. Não temos nenhum interesse em interferir nas competências das polícias”, afirmou o Lewandowski durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.