Conforme o MPRS, a tutora assumiu o risco ao conduzir os animais sem focinheiras, o que contraria a norma estadual que exige o uso do ório para raças consideradas potencialmente perigosas. O crime é de tentativa de homicídio por omissão de manejo de cão de raça com cautela. Além do cão que fez o ataque, a mulher também conduzia outro animal da mesma raça.
Imagens de câmeras de segurança mostraram que a tutora já havia circulado com os cães sem focinheira em outras ocasiões. A investigação também revelou que o mesmo cachorro já havia se envolvido em outro episódio de agressão, atacando um animal em um parque da capital gaúcha cerca de três meses antes desse caso.
“O recebimento dessa denúncia mostra uma visão sobre a necessidade de que temos de mudar nossa forma de agir com o outro. A sociedade moderna exige que tenhamos cuidados o tempo inteiro, pensando também no próximo”, disse a promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari.
Uma mulher de 52 anos foi atacada por cães da raça American Bully, em Porto Alegre, no dia 21 de outubro de 2024.
Câmeras de segurança gravaram o momento em que a vítima estava deixando o edifício onde mora. A servidora pública, então, segurou o portão para permitir a entrada da tutora, que conduzia os cães na guia.
Neste momento, ela é atacada e arrastada por um dos animais. O ataque dura cerca de 45 segundos, e só termina quando um homem, identificado como namorado da vítima, enforca o animal para libertar a mulher.