TH era procurado pela Justiça desde 2016. No entanto, as investigações sobre seu paradeiro se intensificaram em junho do ano ado, após a morte de dois policiais, ambos do Batalhão de Operações Especiais (Bope), durante uma operação na Vila do João, também no Complexo da Maré. O caso marcou uma das ações mais violentas na região em 2024 e reforçou a pressão sobre o núcleo do T na comunidade.
Segundo a Polícia Militar, o traficante era monitorado há meses pelo setor de inteligência da corporação e foi localizado nesta terça em uma casa tomada de moradores –tática que, segundo os investigadores, ele costumava adotar para se esconder. No local, havia pelo menos 20 homens armados fazendo sua segurança, e o grupo entrou em confronto com os policiais. TH foi morto junto com dois de seus seguranças.
Durante a entrevista coletiva, o coronel Marcelo Menezes fez um apelo por mudanças na legislação penal e exibiu um vídeo com a ficha criminal de TH.
“Quero aqui também aproveitar a oportunidade para demonstrar quem é esse narcoterrorista. É um marginal com 17 mandados de prisão em aberto e com 227 anotações criminais. Me permita aqui levantar para mostrar a extensa ficha criminal e para mostrar com que tipo de marginal nós estamos lidando. Essa é a extensa ficha do TH com 227 anotações criminais,” afirmou.
“Nesse momento é preciso que haja uma reflexão, uma discussão pelo endurecimento das leis, pelo cumprimento, encarceramento desses narcoterroristas que oprimem a população do Estado do Rio de Janeiro,” completou o secretário.
Segundo a PM, durante a ação houve tentativa de bloqueio de vias por parte dos criminosos. A Linha Amarela, que corta a zona norte da capital fluminense, foi interditada ao menos seis vezes nesta terça-feira. A instabilidade afetou o trânsito na Linha Vermelha — um dos principais os ao Aeroporto Internacional do Galeão, além da Avenida Brasil. Também houve reflexos no funcionamento de escolas das redes municipal e estadual, além da suspensão de serviços em unidades de saúde.
Com a morte de TH, a Polícia Militar determinou a ocupação por tempo indeterminado do Complexo da Maré para garantir a circulação nas vias expressas da região.